Seu filho não vai te parar

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Seu filho não vai te parar. Sua culpa não pode te estagnar. Ser mulher pode até ser fardo pesado, mas parafraseando Adélia Prado, somos desdobráveis. Esse é um poder que nós mulheres temos e reconhecemos umas nas outras.

A maternidade é encarada às vezes como aquele presente que te deram e você quer devolver, mas não tem mais jeito. Ou com um olhar romântico onde a mãe perfeita consegue fazer tudo. Cuida da casa, do filho e do marido com um sorrisão no rosto de “tudo bem não ter tempo para mim, sempre quis ser mãe”.

Sempre quis ser mãe. Quis tanto que se esqueceu de ser mulher exemplo de amor e ação criativa nos ambientes que frequentava. Cadê a sua risada? Quando você vai sair pra dançar ou beber com suas amigas? “Não posso”. 

Faça um favor para a sua cria e para você mesma: 

Saia de casa. Deixe pelo menos um dia na semana para que seu parceiro cuide e se conecte com o filho de vocês. E deixa ele fazer do jeito dele. Se o companheiro não chega junto é porque não é companheiro. Se o genitor não assume, vamos formar uma rede de apoio e nos fortalecer, viver.

Então, como entender que seu filho não vai te parar 

Se livre da culpa do parto que não foi o ideal e perfeito como você sonhou. Se livre da culpa de ter passado por um puerpério pesado. Se livre da culpa de não ter amamentado até sei lá quantos anos. 

Se livre da culpa de ter que deixá-lo na creche aos 4 meses porque você é a provedora da família. Se livre da culpa de ser mãe solo. Se livre da culpa de ter que pedir ajuda para todo mundo, mas continue pedindo ajuda, um dia você poderá retribuir. 

Respeita o tempo de aprendizado seu e da sua criança, curta essa primeira infância e essa nova mulher mãe que está crescendo junto. É muito belo de se ver o amor de mãe, de pai, de construir uma família. 

Para mim, a maternidade deveria ser encarada mesmo como um mistério, no sentido mais puro da palavra. Um estado de consciência de amor no qual você sente, pensa e age para salvar os seus sonhos por você E por sua criança, não por ela OU por você. Entende?

Conquistar uma maternidade livre e real não é do dia pra noite, pode até começar na gestação, mas a gente pensa e repensa é quando nasce mesmo, quando a gente sente as amarras sociais dos primeiros anos de vida da mãe e do bebê e vai lutando até o último dia da sua vida. Não existe certo ou errado, existe a sua realidade. Existe a sua capacidade de aprender fazendo, existem livros e mulheres experientes de onde você pode absorver ensinamentos e aprendê-los adaptando a você.

Ter filho não veio com manual de instrução. É uma alma humana em potência inimaginável e sedenta para conhecer o universo, e ela só conhece através de você. É uma grande responsabilidade e uma oportunidade de crescimento incomparável. Mas não é apenas sua responsabilidade. Toda a sociedade precisa assumir esse cuidado com as crianças e mães.

Você vai se surpreender com a sua capacidade de amar e ser amada. Filhos fazem isso com a gente, nos surpreende a cada momento, e sim, talvez sejam dádivas divinas. 

Mas, é você quem escolhe como ser mãe, como educar, entenda que o poder é seu. Se você tem um sonho a ser salvo, não desista apenas por que se tornou mãe. Não é o fim, pode ser uma linda oportunidade de recomeço e autoconhecimento.

Se você tem um emprego fixo e gosta, não saia apenas porque se tornou mãe. Se você quer continuar os estudos, não desista porque se tornou mãe. Se você foi demitida, continue buscando ou invente algo seu.  Denunciemos sempre as injustiças, e sigamos.

Se você tem um grupo de amigas, saiam juntas. Não deixe de viajar, de estudar, de frequentar bares, cafés, livrarias e festivais. Não deixe de viver a sua vida. Divirta-se! Permita-se! 

Seja a mulher que você nasceu para ser, sabe que é e mostre-a ao mundo. Especialmente à sua nova família, parceiro e filhos. Eles te amam, te querem bem, e a maior herança que você pode deixar para a sua criança é ser exemplo de alguém que vive, que não desiste e que escolhe amar e ser feliz. É por isso que afirmo que seu filho não vai te parar, a não ser que você deixe.

Mês da mulher é muito propício pra trazer esse tipo de reflexão, porque tem muita gente falando dos diversos assuntos do universo da mulher. 

A maternidade é uma parte importante da vida de uma mulher, mas não é o que nos define. 

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Autor: Bruna Carvalho

Autor: Bruna Carvalho

Mãe do Valentim e da Dona Chica 🙂

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