Amor que transforma: relato da Larissa, mãe da Maria

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Quando de surpresa (ou planejado) o resultado dá positivo e você escuta: “Parabéns, você vai ser mãe”.

Sem manual de instrução, você se sente só e busca por apoio na sua família e em outras mulheres mães que sentem a mesma vontade de compartilhar experiências e juntas passam cada fase com a esperança de uma nova vida que receberá muito amor e também muita dor, de formas que você nem imagina que poderia sentir.

A dor passa, é só mais um obstáculo que você vai superar, e não estará sozinha, porque estamos juntas.

É por isso que escolhemos fazer uma campanha de depoimentos de mulheres mães. Histórias de Amor que Transforma, a primeira que você vai conhecer é a da Larissa, mãe da Maria.

A descoberta da maternidade foi a princípio assustadora, estava no último ano da graduação e o medo de que a maternidade pudesse influenciar na minha formação foi minha primeira reação após descoberta.

Depois veio o medo de contar para os familiares, além de saber que a responsabilidade maior sempre é da mãe, mas a vontade de ser mãe era imensa e isso desde muito pequena quando uma professora me perguntou o que eu queria ser quando crescesse e disse a ela que eu queria ser mãe!

Era muito forte na minha vida e isso veio muito quando eu descobri que seria mãe. E aí todos os outros medos e dificuldades que o meu interior pudesse estar me mostrando eram pequenos diante do meu desejo materno.

Entendi que muito antes de querer casar e ter uma família queria ser mãe, e tinha muito forte na minha mente que eu não teria problema nenhum em ser mãe solo porque tive uma mãe que foi solo e me criou muito bem mesmo com todas dificuldades.

Na mesma época comecei a fazer regressão que era algo que gostava muito e até me formei em Terapia Integrativa Psicoespiritual depois do nascimento da Maria, para mim foi muito importante tudo isso principalmente em relação a essa vida mesmo e aos meus traumas de infância por tudo que eu sou, por tudo que construímos, principalmente em relação a minha etnia, minha história, minha ancestralidade, minha religiosidade, a África que pulsa dentro de mim.

E a descoberta da maternidade foi assim, com alguns medos, mas no no final das contas me ajudou até na conclusão da minha graduação, já não aguentava ir para faculdade e fiquei seis meses de licença-maternidade fazendo meu TCC em casa, voltei só para apresentar mesmo.

Além disso a escolha do parto foi uma decisão muito importante pra mim, minha relação enquanto mulher e principalmente em relação a essa descoberta de escolher um parto em casa, em uma família que não me apoiou tanto, mas sempre fui uma pessoa diferente da minha família e agradeço fortemente essa diferença, me faz hoje uma pessoa feliz pelas minhas escolhas.

Agradeço a mim mesma todos os dias, a minha filha, a espiritualidade, ao pai da minha filha e também a todas as pessoas que de alguma forma acreditaram na minha escolha.

O parto foi exatamente como eu imaginei, sem nenhuma diferença, tive um sonho com 35 semanas e ele foi real, o parto foi como eu sonhei. Me sentia em plena mata fechada com as caboclas, pretas velhas, curandeiras, os curumins, exus, orixás abençoando a chegada da minha pequena.

Foi um transe, uma conexão que eu sonho sempre, e se pudesse teria um filho a cada ano só pra sentir novamente esse sentimento, presenciar tamanha presença divina em minha vida. Prazer é a palavra!

E assim por toda a existência da Maria passaremos juntas pelas descobertas de termos escolhido ser uma pela outra!”

Agora, quero ouvir a sua história, como foi a descoberta, a gravidez, o parto, como é ser mãe para você?

Autor: Bruna Carvalho

Autor: Bruna Carvalho

Mãe do Valentim e da Dona Chica 🙂

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