Há magia nos inícios.

magia dos inícios

Há quem não acredita em magia, há quem acredita que a natureza é mágica. Creio que há magia nos inícios. No começo era… e assim inicia os mitos de origem.

Não sabemos exatamente quando e onde esse Universo começou e se a humanidade é tão recente assim quanto à ciência nos indica ou se é tão antiga quanto a Terra.

Temos indícios históricos, míticos e místicos. Cada um crê no que fizer mais sentido ao coração.

Pessoalmente tento investigar e a minha medida viver esse sentido mágico dos começos, da evolução, do declínio e do renascimento.

A Natureza é cíclica, e isso é facilmente perceptível em um dia ou nas estações, te pergunto se não é lógico e sensato compreender que nós também somos.

A história da humanidade é cíclica, temos repetido erros passados e conquistado glórias semelhantes as que antigos povos da China, Índia, Egito, Grécia (entre outros) viveram.

Os símbolos dos inícios

Eles também vivenciaram essa Lei dos Ciclos. Criaram símbolos para representar este momento especial do “Eterno Retorno” como o Ouroboros, a serpente ou dragão que morde a própria cauda, vista entre papiros e livros desde o Antigo Egito até as confrarias secretas da Idade Média.

Mas, hoje, quero resgatar uma divindade romana que simboliza essa união entre inicio e fim ou passado e futuro, o deus Janus, um deus bifronte que possuía a feição de um ancião, que olha para trás, e a de um jovem que está sempre olhando para frente.

Ele é tido como o deus dos inícios, das decisões. É o passado e futuro unidos no presente. Guardião das portas e das escolhas. O mês de Janeiro era dedicado ao deus.

Não é atoa que fazemos listas de resoluções para o Ano Novo e tentamos iniciá-las em Janeiro. Dedicamos horas aos planos, sonhos, e projetos que queremos retornar, continuar ou iniciar nesse mês especial.

Como viver a magia dos inícios?

Não tenho apenas uma resposta. Tenho tentado criar pequenos rituais para começar o dia e para finalizá-lo, são ações simples que coloco sentido de sagrado e defino comigo mesma que devo fazer.

Para dar início ao dia, assim que levanto, me banho, a água nos renova, é uma sensação comum. Limpar-se é preciso para despertar o corpo.

Na sequencia faço uma prática meditativa e tento refletir sobre uma leitura filosófica que fiz, frase ou virtude. Como pensar no sentido da Ordem ou da Fraternidade.

Trabalho e nas pausas de refeições, por exemplo, agradeço mentalmente pelo privilégio da moradia, alimentação e ter esse momento junto aos meus pais.

Retorno aos trabalhos, porque a pessoa nunca faz uma coisa só e tem alguns projetos paralelos contando os estudos, voluntariado e quando chega a noite vou encerrar meu dia, dedico alguns minutos para listar as tarefas do próximo dia.

Para dar fechamento, e receber a noite e o sono, leio e cultivo o hábito do diário. Esse é o meu arranjo de rotina, tem funcionado para mim, vou aprendendo a lidar com as minhas distrações, tendência procrastinadora, capacidade criativa e mania de investigar o porquê das coisas.

Cada pessoa funciona em um ritmo diferente e deve aprender a perceber os ritmos que possui e como aproveitar os ritmos da natureza. Por isso que estabelecer o compromisso de marcar o início do dia e o seu fim é um certo tipo de magia que fazemos conosco mesmas. Dessa magia dos inícios.

Artigo de opinião. Caso você discorde de algo ou queira acrescentar outro ponto de vista, vou gostar de saber.

Fiquem a vontade pra me enviar seus comentários no meu e-mail nuna6costa@gmail.com ou via DM no Instagram @nuna_costa

Foto destaque: Mariana Cançado

Autor: Nuna Costa

Autor: Nuna Costa

Nuna Costa é aprendiz de filósofa, poeta, compositora, jornalista, encadernadora e criadora de conteúdo. Está no Instagram @nuna_costa

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