A maternidade é imperfeita e não pode ser romantizada nem tratada como algo ruim. Ser mãe é incrível, mas só é incrível por termos momentos de dores e alegrias (Mais dores que alegrias em certos períodos). Tentando ter em mente que toda experiência é válida e que estamos juntas lutando e vivendo por uma maternidade livre.
Tá bom, mas, o que é maternidade livre?
Há quem diga que uma mulher só será completa após gerar um filho, para muitas ser mãe é um sonho. Para outras, tem sido um pesadelo e só não admitem por medo de julgamentos alheios, afinal a mulher ama o filho já no seu ventre, certo? Ou não?
Acontece que depois que uma mulher é mãe vão julgá-la, e se a mulher escolhe não ter filhos, será julgada também. Então, se de qualquer forma a sociedade vai te taxar e tirar oportunidades de você baseada em preconceitos e hipocrisia, propomos um pacto:
Chega de dar ouvidos a julgamentos alheios.
Não dá pra colocar rótulos e estereótipos em um estado de consciência e vida que varia de mulher para mulher.
Ter a consciência que os próximos dias de sua vida se transformarão muito, e que nem todos os dias serão como você imaginava. Mesmo que se sinta um pouco perdida e vulnerável, você não precisa seguir cartilha alguma, apenas se permita experimentar e construir a sua história. É o real significado de uma maternidade livre.
Cada semana da gestação, o dia do parto, a primeira mamada, os primeiros anos de vida da sua criança, tudo será um renascer diário da mulher que você é. Afinal, ser mãe não vai te fazer menos mulher.
A gente tem que se autoconhecer para saber lidar com as mudanças. Não apenas no aspecto biológico em que hormônios e corpo mudam, mas principalmente no aspecto psicológico e emocional. Não tem que ter vergonha de sentir suas emoções contraditórias e as dúvidas que virão.
Se você já tem um filho, lembra como foi ser mãe de primeira viagem? Aposto que assustador no início, e não que deixe de ser assustador, mas espero que você também se empodere diante desse sentir extremamente inexplicável, mesmo que muitas vezes contraditório, que é ser mãe. Esse empoderamento é que tem a ver com liberdade.
Uma maternidade livre considera a sua vida como um todo, considera a responsabilidade de dar amor à nova vida. Talvez você passe pela experiência de esquecer de si mesma para nutrir e cuidar do seu pequeno. Talvez sinta raiva porque ninguém vai te escutar direito ou entender o que você está passando. Se sentir impotente, estranha, vai pedir colo, peça! Tudo vai mudar. E mudanças quase nunca são simples.
Construa a sua rede social de apoio
Para uma maternidade livre e leve, se aproximar de um grupo de mulheres mães é um dos primeiros passos para garantir a troca e suporte emocional que você precisa. Há diversos grupos de apoio nesse sentido, você precisa ter contato com quem está passando pelo mesmo que você.
Não esqueça de incluir seu parceiro ou parceira nos encontros também, para que o laço familiar seja cultivado desde a gestação. A responsabilidade deve ser compartilhada.
Agora, se o seu caso é ser mãe solo, estar presente numa rede de apoio, saber que tem pessoas para quem recorrer nas mais diferentes situações é essencial.
Na gestação e parto
Imagino que você já tenha ouvido falar sobre parto natural, infelizmente o preconceito e desinformação ainda existem, mas o que é mais incrível no parto é entender que você tem voz e poder de decisão sobre o seu corpo. Se informar e entender que você pode é fundamental para entrar e seguir de forma livre o seu caminho como mãe.
Podemos trazer esse tema com mais profundidade em outro artigo, a humanização do parto começa a partir do descobrimento da gravidez, na escolha de uma profissional com experiência e abertura positivas sobre o parto, que informe e que entenda que o parto é da mulher.
Ter liberdade para perguntar e decidir o seu plano de parto, poder incluir de forma presente e ativa seu parceiro entre outras coisas são características deste tipo de parto. E o papel dos profissionais de saúde é de acompanhar, informar e interferir apenas no caso de possíveis intercorrências.
Durante o puerpério
Tudo volta a ser como era antes? Não, mas com cuidado físico, psicológico e mental a recuperação gradual é efetiva. É um período que varia a duração e intensidade para cada mulher e precisa ser tratado com muita naturalidade, aceitação, senso de oportunidade de crescimento e amadurecimento como mulher e mãe.
Você tem a responsabilidade de criar um ser humano com mais amor e mais respeito. Responsabilidade que não é só sua. Mas não dá pra negar que nos primeiros meses de vida do bebê, ele vai sugar muito de você, ele está em plena evolução e é frágil e vulnerável ainda em diversos aspectos. Como mãe, devemos entender que um filho precisa de cuidado sim, mas ele não vai te parar. Aos poucos as coisas se ajeitam, não voltam pro mesmo lugar, mas a gente se reencontra e segue. Ter outras pessoas por perto é essencial, cuidando de você e do bebê. É aquela história da vila inteira cuidando da criança, então não queira dar conta de tudo. Você estará também em um momento de muita vulnerabilidade e a primeira pessoa que precisa ter paciência e respeito com você, é você mesma.
Se me permite dar um conselho, por experiência própria, reflita sobre quem você é, seja a mulher que você sempre quis ser, por você e pela sua cria. São os detalhes simples e as atitudes sinceras que importam. Uma maternidade livre é se cuidar e se amar, transformando cada momento em uma descoberta de si mesma. Uma maternidade livre é fazer seu trabalho, se permitir, sair para se divertir levando a sua cria no colo ou não. É também criar com apego, dando a base necessária para que ele cresça e voe, inspirado em você.
Ter a liberdade de seguir sua vida salvando seus sonhos é criar um ser humano preparado para amar e respeitar o mundo, com consciência de que ele conquistará a própria liberdade e você estará lá, como apoio nessa jornada incrível que é viver e deixar viver.
Estamos com uma proposta nova para o blog e a sua opinião será muito válida. Comente aqui o que gostaria que de saber mais sobre o tema.
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Adorei o texto. Infelizmente a sororidade quando de trata de trocar experiências ou se abrir em grupos não é tão real, ainda há alguns preconceitos por algumas escolhas das mães, como por exemplo, optar pela cesariana. Às vezes a mulher se sente insegura com o parto natural sim e é julgada por outras mulheres quando diz abertamente que opta pelo procedimento. Entedo que o incentivo ao parto natural é importante mas respeitar o direito de escolha de algumas mães sem julgamento, ou ficar tentando convencê-las a mudar de opinião é importante nesse período também.
Adorei o texto. Infelizmente a sororidade quando de trata de trocar experiências ou se abrir em grupos não é tão real, ainda há alguns preconceitos por algumas escolhas das mães, como por exemplo, optar pela cesariana. Às vezes a mulher se sente insegura com o parto natural sim e é julgada por outras mulheres quando diz abertamente que opta pelo procedimento. Entedo que o incentivo ao parto natural é importante mas respeitar o direito de escolha de algumas mães sem julgamento, ou ficar tentando convencê-las a mudar de opinião é importante nesse período também. Isso é liberdade também.
Adorei o texto. Infelizmente a sororidade quando de trata de trocar experiências ou se abrir em grupos não é tão real, ainda há alguns preconceitos por algumas escolhas das mães, como por exemplo, optar pela cesariana. Às vezes a mulher se sente insegura com o parto natural sim e é julgada por outras mulheres quando diz abertamente que opta pelo procedimento. Entedo que o incentivo ao parto natural é importante mas respeitar o direito de escolha de algumas mães sem julgamento, ou ficar tentando convencê-las a mudar de opinião é importante nesse período. Isso também é liberdade de uma mãe.
Direito de escolha sempre! Lutamos pelo direito a informação e escolha!