Sobre as distrações do dia a dia.

Distrações. Tira-tempos. Adoraria que fosse vira-tempo pra poder fazer várias coisas como a Hermione fez no terceiro ano dela em Hogwarts, mas minha carta nunca chegou então isso fica pra depois.

Voltando ao tópico. D I S T R A Ç Õ E S. Distrair-se de suas ações. Sabem, adoro o que faço e todas as coisas que sonho em fazer, criar e construir. Mas, devo confessar, também adoro cair nas distrações internas que a minha mente provoca e fantasia.

São cômicas e confortáveis como um dia nublado e o som de pássaros te acordando como se você fosse a Cinderella ou a Tiana. Acho que a que saia cantando com os pássaros era a Branca de Neve, mas não tenho nada a ver com ela, ou era outra princesa e já me confundi de novo.

Na realidade tem um galo que sempre canta no horário errado, tipo meia-noite ou quatro e vinte da tarde quando estou conversando com minha amiga e parceira de trabalho que mora em Goiânia e adora falar que tem barulho de galo mesmo que eu esteja usando os fones de ouvido.

Isso me lembra mais da Moana e aquele galo esquisito que navega com ela, isso, acho que sou mais parecida com ela. Se bem que não, ela sempre quis explorar para além dos recifes e eu odeio praia e areia e aquela coisa grudada na roupa, eww. Definitivamente não sou do tipo aventureira, mas até que gosto de acampar.

Voltando ao tópico. Dis-tra-ções. De onde vem essa palavra? (pausa pra buscar no dicionário etimológico que comprei há um tempo e que adoro ler aleatoriamente na semana, aliás, se quiserem me presentear me deem dicionários diferentões, sabe, tipo um de tupi-guarani ou de gírias alemães) Encontrei.

Distrair vem da palavra do latim distrahere ‘puxar em diferentes sentidos’, de trahere ‘arrastar, puxar’.

Agora que entendo um pouco melhor a origem e significado dessa palavra mágica posso tentar criar sentidos ou direções que me façam finalizar o que começo.

Sinto como se cada parte de mim quisesse uma coisa, meu corpo adora dormir depois das duas da manhã e acordar às seis e meia, mas me levanto apenas nove ou dez e às vezes meio dia. Meu paladar é um pouco infantil, tenho mania de colocar mel em tudo que faço, tipo, macarrão alho e óleo com ovos mexidos, manjericão, alecrim e MEL.

E também sou apaixonada com beterraba porque colore o arroz e qualquer coisa que se coloca junto. Os pediatras sempre perguntam quantas cores no prato, e a resposta é: coma um arco íris. Porque vocês acham que jelly beans e jujubas vêm de todas as cores? Amo, prefiro bala a chocolate, aliás, não gosto de chocolate e nem pizza.

Essas são as preferências alimentícias se passarmos para a dependência emocional que streamings e feed do instagram geram vamos precisar de outro post pra falar só desse desvio de sensibilidade tóxica. É sério, ficar vidrada numa tela maratonando todo tipo de série e filme de comédia romântica a suspense psicológico não faz bem pra pele da alma.

Fico cada vez mais distante de mim mesma quando consumo em excesso esses conteúdos de alta qualidade cinematográfica e estranhamente viciantes. Como controlar esse impulso? É o que tenho tentado descobrir, mas falhado miseravelmente. Vou retornar a minha rotina, estava indo tão bem, estava conseguindo manter por mais de sete dias, até que me aparece um feriado e minha TPM com uma enxurrada de hormônios e sangue por mais sete dias que me fazem esquecer-me de mim, novamente.

Eis que para tentar entender minhas distrações e o motivo por trás delas decidi escrever sobre as coisas que me distraem e essas que citei acima são desculpas, porque na realidade, é a minha mente que tem essa tendência aluada de querer mais do que pode ou de sonhar demais e falar sim pra tudo e querer abraçar o mundo com as pernas para depois morrer de medo de realizar cada um desses sonhos e não conseguir sustentar a alegria ou tristeza que podem vir deles.

Não sei se você algum dia já se sentiu assim, mas isso é um resumo de uma semana mal aproveitada e que agora devo tentar recriar aquela outra semana em que me senti ótima, realizando o que devia realizar.

Sei que a minha realidade é de privilégio, espero não estar aumentando a minha dor mais do que ela merece e muito menos menosprezando a dor de outras pessoas que certamente não tiveram as oportunidades que tenho como o conforto de morar com os pais e o apoio deles para a construção de um ateliê de artesanias. Ou de ter cursado faculdade e hoje em dia ter o luxo (e desafio) de trabalhar com o que mais gosta, no meu caso: escrever e contar histórias de pessoas incríveis e especiais.

Essa também é uma das razões por buscar me aproximar um pouquinho todo dia da filosofia e da arte para alimentar melhor essa alma inquieta que espera aprender a amar a humanidade e deseja sinceramente que a humanidade se ame também.

Artigo de opinião. Caso você discorde de algo ou queira acrescentar outro ponto de vista, vou gostar de saber.

Fiquem a vontade pra me enviar seus comentários no meu e-mail nuna6costa@gmail.com ou via DM no Instagram @nuna_costa

Foto destaque: Mariana Cançado

Autor: Nuna Costa

Autor: Nuna Costa

Nuna Costa é aprendiz de filósofa, poeta, compositora, jornalista, encadernadora e criadora de conteúdo. Está no Instagram @nuna_costa

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