Freya, e seu exército de Valquírias.

Freya, e seu exército de Valquírias

Freya ou Frida é a deusa nórdica que dá nome as nossas sextas-feiras, pelo menos nas línguas de origem anglo-saxônicas, Friday, ou seja, dia de Frida. Usarei Freya para não confundirmos com Kahlo.

Suas correspondentes na mitologia greco-romana variam entre as quatro principais deusas do panteão: Hera (Juno), Deméter (Ceres), Atena (Minerva) e Afrodite (Vênus). Freya é a deusa da beleza, do amor, da fertilidade e da guerra, as quatro em uma. Ligada também a magia e nesse ponto a relacionamos a Deusa Isis da mitologia egípcia.

Freya na mitologia nórdica

Nossa, mas na mitologia nórdica tem só a Freya de deusa? Não, mas foi e é a mais popular. Assim como seu exército de Valquírias, que eram seres que assumiam a forma feminina e escolhiam após as batalhas as guerreiras mortas mais valorosas que adentrariam ao castelo de Freya e os guerreiros mortos mais valorosos que adentrariam ao Walhalla, junto a Odin.

As Valquírias são retratadas como demônios em algumas versões, mas elas tinham a missão de escolher o destino heroico de cada guerreiro viking morto. Deviam ter um senso de justiça apurado para decidirem quem estaria ao lado de Freya e quem estaria ao lado de Odin quando chegasse a grande batalha do Ragnarok. Elas selavam o destino de muitas almas, assim como as Parcas tecelãs na Grécia Antiga.

Morrer para os vinkings era natural e esperado como respirar ou chover, porém, morrer em batalha era a maior honraria e certamente ser levado nos braços por uma Valquíria até o encontro dos deuses valeria a breve vida que tinham.

O que podemos aprender com Freya?

Sempre atenta e preparada para a guerra, comandava Asgard ao lado de Odin, cuidou dos filhos para serem independentes e protetores de um espaço sagrado. Deusa mística e conhecedora da magia, protetora de toda mulher de coração ardente e livre como o dela.

Essa deusa, que rege as sextas-feiras, convida-nos a ser mais quem devemos ser. Mulheres, assumindo sua feminilidade, enfrentando suas batalhas com força e beleza internas. Aqueles valores mais fortes e mais belos que temos dentro de nós e que devemos cultivar para que nunca nos esqueçamos deles.

O que podemos aprender com as Valquírias?

Não é o corpo da guerreira que as Valquírias carregavam nos braços até o Walhalla, mas sim sua essência humana, sua alma. E deveria ser uma alma que lutou com bravura e amor, pois não fugiu de seu destino.

Com elas podemos ser mais justas conosco mesmas. Saber escolher o que há de mais valoroso em nós e buscar agir através disso. Reconhecer que autocrítica, a autocobrança e aquela sensação de culpa que acabamos tendo durante o dia a dia não nos levará até nossos sonhos. Na maioria das vezes são emoções que não nos pertencem.

Se preparar para ser a melhor versão de si, não pelos outros, mas primeiro, por si própria. Depois transmitir o que se sabe, ajudar o próximo e amar serão consequências naturais do quanto mais você acredita em si e se ama.

Esse texto de hoje são pensamentos livres a respeito do que penso sobre Freya, e seu exército de Valquírias. Não sou nenhuma especialista em literatura Escandinávia ou mitologia nórdica, apenas uma entusiasta que leu um ou outro fragmento referente a esses mitos e decidiu buscar uma relação entre a vida que leva e o que as deusas representam.

É um artigo de opinião, então caso você discorde de algo ou gostaria de acrescentar outro ponto de vista vou gostar de saber.

Fiquem a vontade pra me enviar seus comentários no meu e-mail nuna6costa@gmail.com – que é meu PIX também, aceito um café, brincadeira, mas rejeito não.

Autor: Nuna Costa

Autor: Nuna Costa

Nuna Costa é aprendiz de filósofa, poeta, compositora, jornalista, encadernadora e criadora de conteúdo. Está no Instagram @nuna_costa

Postagens Relacionadas

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.