Sobre abrir os olhos da alma.

Sobre abrir os olhos da alma

Quando ouvi os conceitos de nous, psique e soma algo ascendeu dentro de mim. Para quem não sabe, essas três palavras são gregas e expressam o entendimento dos Três Mundos que a antiga Grécia compreendia no Universo.

Podemos simplificar dizendo que Nous é o mundo espiritual, Psique o mundo anímico ou da alma e Soma é o mundo etérico-físico. Ou seja, a essência divina que há em nós e em toda a Natureza é de Nous e as formas concretas e corpos visíveis e sensíveis são de Soma.

O que faz a alma ser da Psique. Esse mundo que é atraído pelos apelos do corpo ao mesmo tempo em que é alçado ao reino dos deuses. Os nossos aspectos mais sutis, o que sentimos e o que pensamos, que não precisamos ver para saber que existe.

Uma ponte, um estado intermediário na evolução, matéria prima das artes, política e filosofias. Que as ciências e religiões tentam explicar de variadas formas. Particularmente penso que as teorias de cada um desses campos não deveriam se guerrear eternamente.

Inclusive, as antigas civilizações não concebiam os ensinamentos tão fragmentados como hoje. Havia uma Verdade que se expressava em diferentes formas, como um belo prisma de cristal que refrata as cores do arco-íris ao ter contato com a luz do sol (não tenho comprovação científica disso, a não ser aquela capa do Pink Floyd).

Piadas a parte, a teoria grega dos Três Mundos é uma lei que podemos sentir observando a Natureza. Como se três forças atuassem em todo e qualquer aspecto da vida e com todo e qualquer ser vivo. Por ser vivo incluo minerais, vegetais, animais, humanos e deuses.

Mas seremos capazes de enxergar essas forças se, e somente se, escolhermos abrir os olhos da alma e enxergar a vida por essa ótica única e especial. Não é fácil, mas uma vez desperto é sinal de que conhecemos o caminho e as sutilezas que o faz ficar em alerta.

Abrir os olhos da alma inicia com um chamado para uma aventura. É um risco que você escolhe por conta própria e que pode ser feito em situações de calmaria ou turbulência. São experiências marcantes que se gravam na mente e no coração.

Cada vez que se repetem, mesmo que em circunstâncias e com atores diferentes, as reconhecemos como próprias da alma. Aqueles ideais que duram desde tempos antigos como a generosidade, o amor, a justiça, a coragem, a bondade, a beleza, a verdade e a sabedoria (para citar alguns).

Podem parecer raros quando somos bombardeados diariamente com notícias de intolerância, ódio, corrupção e pandemia. Males que são gerados pela ignorância, medo e egoísmo. Pensem comigo, imagina se desde o berço aprendêssemos a nos relacionar e integrar-nos verdadeiramente com a Natureza?

Sinto que os temas em meus artigos estão repetitivos, será que estou sempre falando do mesmo assunto? Avisem-me, por favor! Esforço-me para tentar trazer um novo olhar sobre como viver o hoje, sem ignorar totalmente o que se passa ao meu redor, mas recorrendo a esses clássicos da humanidade que apresentam uma visão simples e profunda sobre como ser humana. Não vejo outro caminho que não seja aprimorar essa capacidade de abrir e enxergar o mundo com os olhos da alma.

É um artigo de opinião, então caso você discorde de algo ou queira acrescentar outro ponto de vista, vou gostar de saber.

Fiquem a vontade pra me enviar seus comentários no meu e-mail nuna6costa@gmail.com – que é meu PIX também, aceito um café, brincadeira, mas rejeito não.

Foto destaque: Mariana Cançado

Autor: Nuna Costa

Autor: Nuna Costa

Nuna Costa é aprendiz de filósofa, poeta, compositora, jornalista, encadernadora e criadora de conteúdo. Está no Instagram @nuna_costa

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